Cabine de desinfecção: estrutura será fundamental na reabertura do comércio

Com o avanço da pandemia do novo coronavírus pelo país, os brasileiros precisaram se adaptar a uma nova realidade, que incluem medidas rigorosas de higienização pessoal até o isolamento social – adotado na maioria dos municípios. Um item que tem surgido no mercado para agregar nessa proteção são as cabines de desinfecção.

Esses aparelhos vão atuar como mais uma arma de contenção e, no momento certo, como um apoio ao retorno das atividades das cidades. Assim, as cabines de desinfecção serão muito eficientes na reabertura dos estabelecimentos comerciais, grandes empresas e locais com um grande fluxo de pessoas, como aeroportos, shoppings centers e rodoviárias.

Além disso, as medidas de segurança sugeridas pelos órgãos de saúde incluem: lavar as mãos corretamente com água e sabão, uso de álcool em gel, máscaras de proteção, isolamento social e cuidados com as roupas, calçados e objetos ao retornar da rua.

Cabine de desinfecção

Mas o que exatamente é essa cabine de desinfecção e como ela funciona? Calma que vamos tirar suas dúvidas. A cabine funciona como um portal desinfetante para o pedestre passar individualmente. Ela é automatizada, equipada com sensores de movimento e pulveriza os usuários com uma névoa que desinfecta as roupas enquanto o usuário faz o caminho da entrada à saída do equipamento.

O desinfetante usado na cabine está em conformidade com as diretrizes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para produtos de desinfecção. Ou seja, eles são seguros para os usuários e não agridem ao meio ambiente.

Além disso, é possível a instalação de dispensers de álcool em gel na entrada da cabine, garantindo maior segurança para o usuário e para toda a população. A ferramenta segue as diretrizes da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Sendo ainda uma novidade no mercado, ainda não existe uma literatura que comprove a eficácia dessas cabines devido a falta de tempo hábil para a realização de estudos nesse sentido. A recomendação da ANVISA é que sejam usados produtos de alto padrão de qualidade, que sejam certificados por ela e que sejam biodegradáveis.

Entretanto, o jornal O Estado de S Paulo conversou com especialistas sobre a efetividade das cabines. Na reportagem, os especialistas aprovaram o uso da cabine, mas lembraram também da necessidade de continuar com as medidas de proteção e higienização, como o uso de máscaras e lavar as mãos com água e sabão ou álcool em gel.

Inclusive, é importante que o usuário passe pela cabine fazendo uso de máscara. Dessa forma, ele garantirá que não irá inalar o produto.

Produto usado para desinfecção

Falamos recentemente aqui no blog sobre a importância do uso de desinfetante hospitalar na higienização de superfícies, tanto para o combate a covid-19 quando a outros micro-organismos. Os produtos com sais do quaternário de amônia são ideais nesse momento, pois são eficientes em sua bactericida, inclusive na luta contra o novo coronavírus.

As cabines de desinfecção utilizam um produto a base de quaternário de amônio de 5ª geração e biguanida polimérica. O produto tem ação bactericida, bacteriostática e virucida, agindo com eficiência sobre as bactérias gram-positivas e gram-negativas.

Parceira da HIGTOP nesta empreitada, a Renko Químicos, fabricante do desinfetante que sugerimos para as cabines de desinfecção, obteve junto ao Instituto de Biologia da UNICAMP, um dos mais consagrados e competentes centros de pesquisa e formação acadêmica do Brasil, os laudos virucidas para o produto.

Os dois desinfetantes sugeridos pela fabricante possuem um tempo de ação de 24 horas, tanto de efeito residual quanto de estabilidade da solução (ação do produto em diluição). Esses produtos não causam malefícios à saúde de indivíduos. A diluição recomendada para esse uso é de 1:200. Nessas condições, ele não afeta à saúde dos seres humanos e nem causa qualquer malefício aos animais.

Segundo a fabricante, o desinfetante age por desnaturação das proteínas celulares e ruptura da membrana celular, ou seja, atua diretamente na membrana plasmática ou parede celular bacteriana, inibindo sua síntese, que é vital para sua sobrevivência. Desta forma, ela provoca a destruição e morte da bactéria e do vírus.

Os produtos podem ser aplicados em áreas fechadas, como as cabines e elevadores. Como podem ficar gotículas nas paredes por causa do produto borrifado, é seguro o uso de um pano umedecido para espalhar esse produto sem qualquer revés.

Cabine HIGTOP

As cabines da HIGTOP possuem uma estrutura em aço galvanizado, alumínio e conexões, fechamento e cobertura. Elas se assemelham a estufas de uso agrícola. A lona é P&B 200 micra e o carpete preto.

Dimensões:

  • Largura máxima total – 1,50m
  • Largura livre–acesso – 1,00m
  • Comprimento total – 3,00m
  • Altura total – 2,50m

Desinfetante: o desinfetante utilizado na cabine tem diluição de 1:200. Produto não é tóxico, nem irritante e bastante econômico.

Cabines chegam às ruas

Desde o final do mês de abril, vem crescendo o número de Prefeituras que aderem ao uso das cabines de desinfecção para ampliar a base de segurança aos cidadãos. Em entrevista ao portal ‘G1’, o coordenador de assistência farmacêutica de Coreaú (CE), Alefe Alburqueque explicou que o produto usado na desinfecção é validado pela Anvisa.

“Esse detergente enzimático é próprio para humanos, portanto não irrita ou agride a pele humana e sua fórmula balanceada ataca a parte externa do vírus, a pasta extracelular, quebrando o vírus em partículas menores. Em contato com a água que é borrifada, essas partículas são despejadas do corpo humano”, detalha. Ele diz ainda que é preciso ficar dentro da cabine por cerca de 15 segundos para que o procedimento seja eficaz.

A Prefeitura do Rio de Janeiro também optou pela instalação das cabines de desinfecção como uma forma a mais de prevenção contra a covid-19, seguindo o que foi feito em algumas cidades da China e da Rússia. Em Salvador, a primeira cabine foi instalada no Abrigo Dom Pedro II, no bairro de Piatã.

Cidades em São Paulo, Goiás e Espírito Santo também já iniciaram o uso dessas cabines.

Tire suas dúvidas

  1. O que a literatura científica fala sobre o uso de cabines de pulverização (desinfecção)?

– Ainda não há uma literatura científica sobre o assunto, porque as cabines de desinfecção surgiram muito recentemente e é necessário um tempo maior para fazer todos os estudos necessários até chegar a uma conclusão. O que a ANVISA recomenda é que sejam usados produtos de alto padrão de qualidade, que possuam certificado na Vigilância Sanitária e que sejam biodegradáveis.

 

  1. Qual o tempo de ação do MIRAX OXY e do MIRAX BG aplicados em uma superfície fixa, ou seja, por quanto tempo eles continuam agindo?

– O efeito residual do produto aplicado sobre as superfícies é de 24 horas. O produto com estabilidade de solução (diluído com água) também tem tempo de ação de 24 horas.

 

  1. Esses produtos diluídos em contato com a pele podem causar algum malefício a saúde do indivíduo?

– Não. Na diluição de 1:200 ele não causa malefícios aos seres humanos.

 

  1. Esses produtos podem afetar a saúde dos animais?

– Não, pois são produtos biodegradáveis, principalmente se aplicados na diluição de 1:200, mantendo as orientações do fabricante.

 

  1. Após borrifar os produtos em uma cabine fechada ou elevador, eu posso passar um pano umedecido para espalhar o produto?

– Sim, pois seria como se você estivesse reaplicando o mesmo produto, dessa vez usando o pano umedecido.